O aumento da pressão arterial é uma reação normal do corpo humano aos fatores de estresse. Porém, devido às doenças crônicas, os distúrbios metabólicos, o controle do tônus da musculatura vascular e o acúmulo de líquidos levam a um aumento persistente dos indicadores. A hipertensão arterial é uma das patologias mais comuns do nosso tempo, cujo principal perigo reside nas possíveis complicações durante uma crise. O alívio do aumento acentuado da pressão é feito com várias combinações de medicamentos, sendo os mais utilizados na fase pré-hospitalar o Dibazol e a Papaverina.
Posso tomar dibazol com papaverina com hipertensão?
Os principais grupos de medicamentos para reduzir a pressão arterial incluem medicamentos que afetam:
- tônus vascular devido ao efeito sobre os receptores endoteliais da parede vascular ou células do músculo liso (antiespasmódicos miotrópicos, bloqueadores alfa);
- força e freqüência cardíaca (beta-bloqueadores, bloqueadores lentos dos canais de cálcio);
- eliminação do excesso de líquido por organismos (diuréticos).
Bendazol (Dibazol) e Papaverina pertencem ao grupo dos vasodilatadores periféricos - fundos que expandem o lúmen das veias e artérias relaxando os músculos da parede vascular.
O uso isolado de drogas é realizado em:
- prática neurológica - para o Dibazol, uma vez que a hipóxia crônica (falta de oxigênio) do cérebro é eliminada, a transmissão dos impulsos através dos neurônios melhora;
- gastroenterológico, urológico, ginecológico e cirúrgico - para Papaverina. O medicamento é usado para aliviar a dor causada por espasmo do músculo liso em órgãos internos (útero, estômago, vesícula urinária e biliar, entre outros).
Papaverina e Dibazol sob pressão são usados na combinação prescrita para aliviar um aumento agudo significativo nos indicadores com sinais clínicos concomitantes. O uso conjunto de medicamentos é permitido aos médicos de emergência como etapa pré-hospitalar no alívio da crise hipertensiva (não complicada).
A possibilidade de utilização da combinação se deve à interação de fundos que visa potencializar o efeito da vasodilatação.
A rede de farmácias apresenta um medicamento complexo oficial - o Papazol com dosagem de substâncias estabelecida.
Como funciona essa combinação?
A papaverina é um antiespasmódico miotrópico (de mio - músculos, direção tropos), cuja ação principal é devida a:
- inibir (desacelerar, suprimir) a atividade da enzima fosfodiesterase, que promove a liberação de moléculas de energia AMPc e a contração muscular. O acúmulo de cAMP nas células musculares leva ao relaxamento das fibras e à diminuição do tônus.
- bloqueio de receptores de adenosina (A1) localizado nas sinapses neuromusculares entre o neurônio e a célula muscular lisa da parede vascular. Como resultado da ativação da adenosina e o efeito em A2 receptores - o lúmen das artérias se expande.
A ação do Bendazol (Dibazol) se deve ao efeito seletivo sobre a fosfodiesterase com o acúmulo de cGMP na célula. A molécula de energia especificada causa não apenas uma diminuição no tônus da parede vascular, mas também tem um efeito imunoestimulante.
A combinação de medicamentos em uma seringa deve-se à interação farmacológica: o dibazol expande o espectro dos efeitos da papaverina, principalmente com efeito nos receptores vasculares.
O curso descomplicado de uma crise hipertensiva é acompanhado por dores no coração, falta de ar e diminuição da circulação cerebral. A dilatação sistêmica das artérias (o dibazol afeta principalmente os vasos do sistema nervoso central) ajuda a minimizar os danos e o alívio mais rápido da hipertensão.
Na prática, é utilizada a dosagem estabelecida de Papaverina com Dibazol em alta pressão:
- 2 ml de solução de cloridrato de papaverina a 2% (1 ampola - 2 ml);
- 4 ml de solução de Dibazol a 1% (disponível em ampolas de 1 e 5 ml).
Os medicamentos são coletados em uma seringa (10 ml) para injeções intramusculares. O efeito se desenvolve em 20 minutos e dura até 3 horas.
A injeção é recomendada na parte externa superior da nádega ou ombro, no terço inferior da coxa. A manipulação é realizada apenas por pessoal médico sob controle da pressão arterial.
Existe o risco de efeitos colaterais e overdose?
A administração parenteral de medicamentos é sempre acompanhada pela probabilidade de efeitos colaterais. Possíveis consequências indesejáveis do uso da combinação estabelecida de Dibazol com Papaverina:
- sonolência, fraqueza, forte dor de cabeça, tontura;
- perda de consciência (colapso ortostático);
- ocorre uma diminuição acentuada da pressão arterial com um distúrbio da perfusão (irrigação sanguínea) dos órgãos internos em caso de sobredosagem. Sintomas: respiração rápida, visão turva, fraqueza, boca seca, taquicardia;
- reações alérgicas - vermelhidão, inchaço, erupção cutânea com comichão no local da injeção;
- arritmias - taquicardia, bloqueio atrioventricular, extra-sístole, flutter ventricular.
A ocorrência de efeitos colaterais está mais frequentemente associada à violação da proporção de medicamentos, uso em dose superior à dose única máxima, no caso de administração intravenosa rápida.
As violações da técnica de injeção intramuscular são acompanhadas pelo risco de desenvolver complicações purulentas - um abcesso ou flegmão no local.
Conclusões
Os antiespasmódicos miotrópicos (Papaverina, Drotaverin, Dibazol) não são os medicamentos de escolha para o alívio da crise hipertensiva. O tratamento de um episódio de hipertensão sem sinais de complicações de outros órgãos e sistemas é a principal indicação da associação. O uso generalizado da papaverina com o Dibazol deve-se à rápida resposta e alta eficiência. O risco de desenvolver consequências indesejáveis requer manipulação apenas por pessoal médico, tendo em consideração o estado do paciente, a presença de contra-indicações sob controlo do nível de pressão.